Uma paciente com 33 anos de idade foi internada para procedimento cirúrgico de ressecção segmentar da mama direita, para retirada de tumor mamário local com margem de ressecção. Na chegada ao hospital fez sua identificação na área de internação, tendo sido colocada pulseira de identificação com anotação de alergia a dipirona. Na chegada do cirurgião ao hospital, o mesmo foi rapidamente ao quarto para o preenchimento de termo de consentimento da paciente. O anestesista já estava lhe aguardando no centro cirúrgico, tendo sido solicitado o encaminhamento da paciente para a sala operatória. O maqueiro entrou no quarto, juntamente com a enfermeira do andar, que realizou nova identificação da paciente e colocou-a na maca para transporte. Ao chegar ao centro cirúrgico ocorreu mais uma checagem relativa à identificação da paciente pela enfermeira chefe do centro cirúrgico, tendo encaminhado a paciente para a sua respectiva sala operatória. Após a anestesia geral foi iniciado pelo cirurgião o procedimento operatório, com sinalização ao final da cirurgia da falta de fio de sutura adequado. Foi constatado pela circulante de sala que o fio solicitado encontrava-se em falta no hospital, tendo como solução a utilização de outra alternativa disponível, que levou a resultado estético não satisfatório.
Diante dessa situação, identifique e descreva, de acordo com as etapas preventivas preconizadas para a segurança do paciente pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente, estabelecido pela Portaria n. 529/2013, do Ministério da Saúde, as ações preventivas que foram realizadas e aquelas que deveriam ter sido feitas no caso apresentado.
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1ª ETAPA - Antes da Indução Anestésica
REALIZADO
• identificação do paciente para evitar que o paciente errado seja encaminhado a sala cirúrgica;
• identificação de que a paciente era alérgica a dipirona;
• presença de termo de consentimento livre informado.
NÃO REALIZADO
• confirmação pelo paciente do sítio cirúrgico e procedimento a ser realizado;
• verificação da segurança anestésica;
• verificação da presença e funcionamento adequado do oxímetro de pulso no paciente;
• risco de via aérea difícil e conferência de equipamentos disponíveis caso seja pertinente;
• risco de perda sanguínea e o planejamento caso o risco seja maior que 500 ml em adultos e 7ml/kg
em criança.
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2ª ETAPA - Antes da Incisão Cirúrgica
NÂO REALIZADO
• apresentação de todos os membros da equipe pelo nome e papel em campo operatório;
• confirmação pelos membros da equipe da identificação correta do paciente;
• confirmação pelos membros da equipe do sítio cirúrgico e qual o procedimento a ser realizado;
• revisão dos eventos críticos pelo cirurgião;
• revisão dos eventos críticos pela equipe da anestesiologia;
• confirmação pela equipe de enfermagem de que todos os materiais estão presentes e dentro do
prazo de esterilização;
• confirmação pela equipe de enfermagem de que não há nenhum problema relacionado a
equipamentos;
• checagem se a profilaxia antimicrobiana foi realizada ou não se aplica;
• checagem se as imagens essenciais estão disponíveis ou não se aplica.
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3ª ETAPA: Antes do paciente sair da sala de operação
NÂO REALIZADO
• confirmação verbal do tipo de procedimento executado;
• contagem de instrumentais, compressas e agulhas correta ou não se aplica;
• checagem da identificação da amostra para anatomia patológica ou não se aplica;
• confirmação se há algum problema com equipamento/ material para ser resolvido;
• revisão pela equipe cirúrgica, anestésica e de enfermagem em relação às preocupações essenciais
para recuperação e manejo do paciente na sala de recuperação.
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